02 dezembro, 2011

Nunca imaginei tamanha emoção

Nossa, hoje fiquei muito emocionada, como nunca antes na minha vida. Estamos prestes a marcar a data do parto da Sophia.

Só de imaginar que logo ela estará aqui... a emoção é enorme.

Relembrei desde o momento em que pensei pela primeira em ter um relacionamento sério - graças à música Bom dia, Anjo do Jair de Oliveira, veja o vídeo abaixo - até este período de gestação.

E como tudo passa tão rápido, entre encontrar o pai da Sophia, namorarmos, nos casarmos, sabermos que estávamos grávidos, ufa, foram sete anos e um piscar de olhos. Não é isto o que é a vida: um piscar de olhos, um suspiro, um instante?

Mas, a emoção de saber que logo estaremos com a nossa joia de luz, com as bênçãos de nosso senhor Jesus Cristo, é muito grande. Não dá para traduzir em palavras, imagens, ou seja qual for a forma. Nem imagino a minha emoção e reação ao vê-la pela primeira vez.

Acho que chorarei, copiosamente, de forma descontrolada... mas, isso conto depois, eu prometo.

Outra música deste momento: Uma criança com seu olhar, da banda Charlie Brown Jr. Quando ouvi esta música pela primeira vez, concordei plena e prontamente que seria um sonho ter uma criança com o olhar do meu marido. Foi a primeira vez que a ideia de ter um filho passou pela minha cabeça.

Hoje, em meio a tamanha emoção só lembrava desta música, tentei escolher um trechinho dela e foi impossível, ela toda é incrível. Segue o link com a música para os que não a conhecem, é linda.

Bem, estas linhas são para registrar o quanto a Sophia é esperada com tamanho amor e emoção. Que a nossa joia de luz chegue bem, com saúde e iluminando o mundo!!!



23 setembro, 2011

Uma joia de luz inspira outra

As alminhas já vêm ao mundo com todo o seu potencial, explico.

Tenho uma priminha, a Alice, com a qual sou encantada desde a primeira vez que a vi. Ela parecia um anjo, com cerca de oito meses, ela era muito dócil, só sorria para todos que chegavam e já se alimentava sozinha, a coisa mais linda. A Alice é a primeira bisneta da família do meu marido, a Sophia será a segunda. Conheci a Alice quando fui contar para a família do meu marido que estávamos grávidos, e ela me conquistou.

Fiquei encantada com ela e com a mãe dela que disse que ela teve de ter paciência para deixar a Alice aprender a se alimentar, pois a bagunça era grande. Valeu à pena, pois com oito meses ela pegava  o copinho, os alimentos e se virava, uma graça. Sempre que encontro a Alice penso: quero uma criança assim: livre, feliz, risonha. Parte disto é da natureza dela, mas a outra parte, com certeza veio do auxílio e do respeito da mãe para com ela.

É uma joia de luz inspirando outra!

Criança sofre, ou não

Procurando a foto para a postagem da primavera achei uma frase no google: 'recebe as flores que lhe dou...' Se você sabe de que música estou falando, deve ter a mesma idade que eu!

Não resisti e fui atrás, pois esta música me marcou muito. Quando eu tinha uns cinco anos, fui à feira com a minha avó paterna, devia ser na semana do dia dos namorados, pois esta música tocava o tempo todo. Como sou auditiva, com certeza desde criancinha, aprendi a bendita da música e nunca mais a esqueci.

Outros fatos estranhos, relacionados a música aconteceram comigo. Quando tinha uns nove anos descobri a fita cassete e o rádio do meu pai. Era um sacrifício fazer pegar em alguma estação, mas, como eu era encantada com o som que saía de lá, tentava, tentava, até conseguir. Eu adorava ouvir música, mas tinha pavor de nunca mais poder ouví-las, então, gravava tudo, música por cima de música, queria todas as músicas para mim (sim, naquela época criança era bem bobona aos nove anos, bem diferente de hoje, hahaha). Coitado do meu pai, que ficou sem fitas que ele adorava!

Outra terrível era uma vinheta de rádio que parecia uma assombração da qual eu tinha pavor.

Pavor foi fazer minha vó materna ouvir um milhão de vezes "Yes" do Tim Moore, uma música, nem era música, que o cara só falava yes, ye, yes, o tempo todo. Coitada!!!

Tenho lembrado muito de uma música que ouvia na infância, do Roberto Carlos, só lembro do refrão: "quando as crianças saírem de férias, talvez a gente possa então se amar um pouco mais", nossa, não entendia porque estava lembrando desta música, que antes não fazia o menor sentido... Foi aí que comecei a lembrar que dos quatro aos cinco anos ouvi o mesmo disco do Roberto o ano todo. Quer dizer, eu não, minha mãe. Tinha a música do cachorro que sorria latindo e um monte de coisas estranhas que eu não entendia. Ah, agora entendo porque vivi um branco de Roberto Carlos na adolescência e só relembrei disso tudo agora...

Nossa, isso tudo fora as pirações com minha irmã do meio por não entendermos as letras das músicas. Pirávamos para entender por que o sujeito tocava de bíquini sem parar (Cláudio Zoli, Noite do Prazer: tocando B.B.King sem parar), e um tal de Milton Nascimento mega louco jogando a vó na estrada (Travessia: solto a voz na estrada...)!

Estas coisas todas me fazem pensar como as crianças sofrem com o seu mundo de Bob sem contar para ninguém as elucubrações que vão por suas cabecinhas. Lógico que hoje elas estão mais espertas, mas mesmo assim é bom ficar de olho e de ouvido.

Mas nem tudo foi perdido. Foi nesta época que ouvi o Tears For Fears pela primeira vez, e me encantei completamente, enfim vou vê-los, mas isto é outra história, para depois do show!!!

Talvez,as crianças nem sofram tanto assim...

P.S.: não, esta música não vai para o livrinho da Sophia. 

Ah, ficou querendo ouvir a música? Então, aí vai:

Primavera: cada flor perfuma e embeleza a seu tempo

Ouvi esta frase uma vez na Brahma e achei a coisa mais linda: cada flor tem seu tempo de perfumar e embelezar.

Hoje, sendo o início da primavera lembrei da frase e fiquei me perguntando se estamos deixando que cada um floresça e perfume ao seu tempo, ou seja, estamos respeitando o outro? Principalmente nossos filhos e companheiro, que são os mais próximos de nós?

Vou dar um exemplo raso - para dizer o mínimo - sobre isso. Logo que casei dei uma gata para o meu marido, de presente de aniversário, a Pandora, pois ele queria muito. Eu nunca tinha cuidado de um bicho, mas encarei a experiência. Então, comecei a observar que ela tinha a personalidade e o jeito dela, assim, fui sendo conquistada e conquistando-a aos poucos. Depois, veio a Lakshimi, a minha gata. Que era  diferente da Pandora e ainda estou sendo conquistada e tentando conquistá-la.

O interessante nesta história é que sempre brincamos: a Pandora é o pai, e a Lakshimi é a mãe, todinha. Um dia eu disse: vamos parar com isso, vamos deixá-las serem do jeito que elas são!!! Aí paramos para pensar sobre o assunto. Não deixamos de dizer isso completamente, mas passamos a respeitá-las mais.

E você pode se perguntar "mas e o que isso tem a ver com filhos?", para mim não tem diferença: é um serzinho que chega e você não conhece, não sabe como é, o que prefere, do que gosta. A tentação de rotulá-lo é enorme, e transformá-lo num bonsai é fácil. Um serzinho mutilado (pode ser bonitinho, mas é isto que um bonsai significa para mim, com todo respeito à cultura que o criou), fácil, fácil.

Bem, a ideia aqui é pensar em como respeitar o tempo de cada um, se alguém tiver ações práticas, agradeço, pois imagino que este será um exercício/aprendizado para toda a vida.

01 setembro, 2011

O homem e a maternidade

Tenho as ideias mais estranhas sobre opiniões já consolidadas, uma delas era: mãe é tudo; mãe é um ser perfeito e acima do bem e do mal; sempre achei que não, que não era bem assim, enfim...

Ao engravidar percebi que, de fato, nós éramos meros objetos do milagre de Deus. Afinal não podíamos nem nos comparar a uma planta, a qual para nascer é plantada uma semente e regada, cuidada até aparecer a folhinha. Com um filho, participamos de alguns minutos da criação e depois tudo acontece como mágica, ou milagre... você não faz mais nada.

Comentando isso com meu marido ele, de forma muito sensível, respondeu: "não, não é assim, vocês, mulheres não são meros receptáculos, vocês fazem o mais importante, permitem ou não!". Esta foi a primeira coisa mais bonita que ouvi na gravidez!

Eu na minha frieza, achei que mulher até dava uma força mas nem era tudo isso, assim do jeito como pintam: mãe é padecer no paraíso; meu fliho e nada mais; faço qualquer coisa pelo meu filho e por mais ninguém; enfim, respeito, só me parecia estranho...

Eu achava que deveria ser dividido em 50%, e continuei pensando como se sente um homem a respeito da chegada de uma criança, afinal tudo é a mulher, para a mulher, a respeito da mulher. Imaginei que se fosse ao contrário eu ficaria p da vida! Além disso, será que não dá para pensar que o homem não é uma planta, que ele tem sentimentos e também faz parte da maternidade?

Não estou levantando bandeira nenhuma, mas sempre brinco que se o mundo está como está a responsabilidade é da mulher, pois a educação passa por ela. Além disso, vejo um jogo muito louco: a mulher faz tudo pelo filho, e o homem cresce dependente, perdido, sem autonomia, depois a mulher reclama, mas quem ensinou, quem não deixou o pai participar? Lógico que devemos tirar as generalizçaões e este assunto deveria ser mais conversado, ao invés de ignorarmos fingindo que está tudo bem. Vale a reflexão.

19 agosto, 2011

Lugar reservado, se colocar no lugar dos outros e no seu.

Já se colocou no lugar dessas pessoas? E se fosse você a necessitar deste assento, como se sentiria?
Antes de engravidar, tinha por hábito nunca me sentar nestes lugares reservados, mesmo sem ninguém neles. Primeiro, para me livrar do constrangimento de ter de levantar e a pessoa não querer sentar no lugar oferecido, fica aquele: "Senta!", "Não, não precisa!". Um horror. Em segundo, para não me deparar com os velhinhos estressados da cidade, já vi gente tomando bolsada, fora o escandâlo! Além de história de velhinha sacudindo deficiente visual por não estar de óculos escuro (isso foi um fato real).

Mas, engravidei! E tudo começou a ter outro sentido. Nos três primeiros meses você fica meio 'gordinha', a pessoa olha e fica em dúvida, eu também ficava. Já aconteceu d'eu ficar em pé, só eu, todos sentados, num sol terrível, as pernas doendo, eu cansada, em pé, e, com vergonha de pedir o meu assento reservado, ocupado por distintas figuras dormindo!!! Qual delas eu tiraria do lugar e como, por sorteio?

Foi nesta fase que comecei a 'viajar na maionese' com esta história: como é a gente se colocar no lugar do outro (quem precisa do assento reservado) e como é a gente estar no lugar do outro (também precisando do assento)? Sinceramente, me sentia mal, por que eu não podia sentar em qualquer lugar só por eu estar grávida? Não estava doente, nem nada! Sempre fico procurando alguém mais necessitado para colocar no lugar. Mas, aí tem os dias que você está com dor, as pernas inchadas, se arrastando, aí você entende para que serve o lugar reservado!

Continuei pensando: acabamos com o respeito ao mais velho, ao que merece tratamento preferencial quando abolimos o uso do "Senhor", "Senhora". Tenho quase certeza disso. Os mais novos perderam a noção total de ... (nem acho palavra adequada) respeito? Não. De: preferência? Não. De... ah, de quem precisa de auxílio primeiro. Por isso, hoje temos de reservar lugares, que nem assim são respeitados.
Ah, mas, todos dizemos que uma palavra não é suficiente para impor respeito e outras histórias, mas a falta de uma palava faz perder a referência, sim. Qual é a minha referência para o 'cara' que eu chamo de 'véi', 'chará', 'camarada', 'truta', ah, qualquer coisa estranha que quer dizer: 'somos todos iguais e eu venho primeiro em qualquer circunstância'? Sem esta referência em casa, de que existem pessoas que precisam ter a preferência, na rua, no ônibus vai ser igual. E aí nem adianta reclamar se as crianças e os jovens estão mal educados, porque estão mesmo, e quem é o adulto responsável por isso? Aquela mesma criancinha linda que não deixa ninguém assistir a tv se não for no desenho preferido dela que está sendo visto pela milhonésima vez, também vai tomar o lugar de outro em qualquer outra circunstância, ué, normal, esta foi a norma na qual ela foi educada! E como adolescente, e depois adulto, ela vai fazer diferente por quê?

Mas, como disse, as crianças crescem, e até engravidam quando adultas, explico: fui na exposição do Escher, mesmo com a barriga já aparente enfrentei as duas horas de fila numa boa. Mas, para ver a exposição no subsolo tinha mais uma fila. Duas garotas inconformadas foram pedir para eu entrar, fiquei sem graça, mas, fui lá. A recepcionista da exposição virou para mim e disse: "Deixe-me ver a sua barriga. É que há poucos minutos uma moça veio pedir para furar a fila pois estava de 12 semanas". Mostrei, ela percebeu que eu estava mesmo grávida, mas fiquei pensando: como nos colocamos no lugar do outro, e, principalmente, como nos colocamos no nosso próprio lugar?!

Para que estamos educando nossas crianças?!

Hoje tive um papo super legal com uma amiga, que me deixou entusiasmada: ela estava contando que as filhas dela estudam no melhor (e mais caro) colégio de nossa cidade, e que ela travava uma luta para manter as meninas com pé na realidade, que era bem diferente do que o convívio na escola mostrava. Fiquei feliz por ela dizer como achou o caminho do meio, entrou em paz com ela, e se manteve firme no propósito a que tinha escolhido para as filhas. Ela concluiu dizendo: "é difícil verem minhas finlhas passando vontade, ah, também passei, todos passamos e quer saber, ninguém morre de vontade". Super lúcida e confotável com as escolhas que ela fez, achei o máximo!!!

Começo com esta ótima estória para introduzir - de forma mais positiva - um outro o texto, o do reconhecidissímo dr. Içami Tiba, publicado no site Delas-IG, tem um título bem direto: "Educamos nossos filhos para que eles usem drogas".

Então, fica os dois pontos de vista para reflexão, pois somos todos envolvidos, direta ou indeiretamente, com a educação das crianças.


“Nós educamos os filhos para que eles usem drogas”

Içami Tiba: "os pais devem exigir que seus filhos façam o que é necessário"

Em entrevista, o psiquiatra Içami Tiba redefine os papéis de pais e de educadores e alerta para os perigos da “cultura do prazer”

Camila de Lira, iG São Paulo | 14/07/2011 07:35 Foto: Divulgação

Uma pergunta que nunca sai – ou ao menos nunca deveria sair – da cabeça de pais e professores é “como educar as crianças de verdade?”. Autor de livros como “Adolescentes: quem ama educa!” e “Disciplina: Limite na Medida Certa” (ambos da Editora Integrare), o psiquiatra Içami Tiba responde esta e outras questões relacionadas à educação em seu novo livro, “Pais e Educadores de Alta Performance” (Editora Integrare).


Com 43 anos de experiência em consultório, Içami alerta os pais para os perigos da cultura do prazer. “Nós educamos os filhos para que eles usem drogas”, comenta, avaliando a atitude de pais que oferecem tudo sem exigir responsabilidade em troca. Para ele, a família é a principal responsável pela formação dos valores e não deve jogar esse papel para a escola. Mas as escolas, por terem um programa educacional organizado, podem guiar os pais. Leia a entrevista com o autor.

iG: Qual a responsabilidade dos pais e qual a dos educadores na educação das crianças?
Içami Tiba:
A família continua sendo a principal responsável pela educação de valores, mas é importante que haja uma parceria na educação pedagógica. As crianças viraram batatas quentes: os pais as jogam na mão dos professores, os professores devolvem. Pais precisam ser parceiros dos professores. Quem tem que liderar a parceria, no começo, é a escola, pois tem um programa mais organizado. Com a parceria, ambos ficam fortes. Os pais ficam mais fortes quando orientados pela escola.

iG: O que é mais importante na educação de uma criança?
Içami Tiba:
É exigir que ela faça o que é necessário. Os pais dão tudo e depois castigam os filhos porque estes fazem coisas erradas. Mas não é culpa dos filhos. Afinal, eles não querem estudar porque estudar é uma coisa chata, mas alguma vez ele fez algo que é chato em casa? No final, a criança estica na escola aquilo que aprendeu em casa. A educação é um projeto de formar uma pessoa com independência financeira, autonomia comportamental e responsabilidade social.


iG: Como os pais podem educar bem seus filhos? Qual o segredo?
Içami Tiba:
Um pai de verdade é aquele que aplica em casa a cidadania familiar. Ou seja, ninguém em casa pode fazer aquilo que não se pode fazer na sociedade. Os pais devem começar a fazer em casa o que se faz fora dela. E, para aprender, as crianças precisam fazer, não adianta só ouvir. Elas estão cansadas de ouvir. Muitas vezes nem prestam atenção na hora da bronca, não há educação nesse momento. É preciso impor a obrigação de que o filho faça, isso cria a noção de que ele tem que participar da vida comunitária chamada família.

iG: No livro, o senhor comenta que uma das frases mais prejudiciais para se falar para um adolescente é o “faça o que te dá prazer”. Por quê?
Içami Tiba:
O problema é que essa frase passa apenas o critério de prazer e não o de responsabilidade. Nós queremos que nossos filhos tenham prazer sem responsabilidade. Por isso eles são irresponsáveis na busca deste prazer. E o que é uma droga, senão uma maneira fácil de se ganhar prazer? A pessoa não precisa fazer nada, apenas ingeri-la. Nós educamos os filhos para que eles usem drogas. Se ele tiver que preservar a saúde dele, pensa duas vezes.


iG: Por que você acha que alguns pais não ensinam os filhos a ter responsabilidade?
Içami Tiba: Não ensinam porque não aprenderam. Estes pais querem ser amigos dos filhos e isso não faz sentido. Provedor não é amigo.

iG: Por que o pai não pode ser só amigo ou só provedor?
Içami Tiba:
Não pode ser amigo porque pai não é uma função que se escolhe, e amigos você pode escolher. O filho é filho do pai e tem que honrar os compromissos estabelecidos com ele. Um filho não pode trocar de pai assim como troca de amigo, por exemplo. Por outro lado, o pai que é unicamente provedor, como eram os de antigamente, também não dá uma educação saudável ao filho, afinal ele apenas dá e não cobra. Pai não pode dar tudo e não controlar a vida do filho. Quando digo controle, quero dizer que o pai deve fazer com que o filho corresponda às expectativas, que o filho faça o que precisa ser feito. Um filho não pode deixar de escovar os dentes ou de estudar e o pai não pode deixar isso passar.

iG: Como a meritocracia pode ajudar na criação?
Içami Tiba:
O mundo é meritocrata, os pais se esqueceram disso. Ganha-se destaque por alguma coisa que a pessoa fez; se não mereceu, logo o destaque se perde. Dar a mesma coisa para o filho que acertou e para o que errou não é bom para nenhum dos dois. É preciso ser justo. Os pais precisam aprender a educar, não dá para continuar achando que apenas porque são bonzinhos vão ser bons pais. Não adianta muito um cirurgião apenas amar seu paciente; para fazer uma boa cirurgia é preciso ter técnica. É a mesma coisa com os pais.

iG: Amor e educação combinam com disciplina?
Içami Tiba:
Disciplina é a coisa que mais combina com a educação. É uma competência que você desenvolve para atingir o objetivo que quer. Se você ama alguém, tem que ter disciplina. Os pais precisam fazer com que os filhos entendam que eles têm que cumprir sua parte para usufruir o amor. Os pais precisam exigir.

iG: Como exigir sem agressividade?
Içami Tiba:
O exigir é muito mais acompanhar os limites, aquilo que o filho é capaz de fazer. Não dá para exigir que ele vá pendurar roupas no armário se ele não pode arrumar uma gaveta. Por outro lado, os pais não podem fazer pelos filhos o que eles são capazes de fazer sozinhos. A partir daí, quando se cria uma segurança, a exigência começa a fazer parte da convivência. Essa exigência é boa. O pai não pode sustentar e não receber um retorno. É como se ele comprasse uma mercadoria e não a recebesse.


iG: No livro, o senhor diz que todos somos educadores. Como podemos nos portar para educar direito as outras pessoas?
Içami Tiba:
Você quer educar? Seja educado. E ser educado não é falar “licença” e “obrigado”. Ser educado é ser ético, progressivo, competente e feliz.


18 agosto, 2011

Tão redonda e tão feliz

A Glória do Madagascar é tão fofa que não resisti. Muito melhor do que as imagens de batata que encontrei
A maternidade é mesmo uma bênção. Logo no início da gravidez, acordei uma manhã completamente atônita, imaginei: vou engordar e ficarei como uma batata, as pernas serão como dois palitos! Lógico que era um pesadelo, ou algo medonho assim...
Os meses foram passando e, de fato, fui engordando, e o mais incrível: fui arredondando, por inteiro! Mas, a natureza é tão perfeita que está tudo simétrico. Nunca poderia imaginar, se alguém me dissesse, que eu ficaria redonda e feliz.
Acabei de completar cinco meses, as pessoas sempre acham que é mais devido ao tamanho da minha barriga, mas, já desencanei com esta estória de peso, regime, estou me alimentando direitinho, por questões de saúde, lógico, mas não posso deixar de achar que está tudo lindo!

Te ofereço paz!

Talvez vocês já conheçam esta canção. A aprendi há dez anos, em uma empresa, gostei muito. O tempo passou e comecei a usá-la como uma meditação expressa nos momentos de tensão com outros seres; depois, passei a usá-la como um mantra que me reconduzia ao auto equilíbrio; Agora uso para os dois casos e um novo: para a bebê.
Esta é com certeza uma canção que fará parte do livrinho de músicas, pois a canto do fundo do coração para mim e para os que amo (estou treinando cantá-la e emaná-la ao planeta, vai levar um tempinho a mais, mas eu chego lá).


Receberei uma joia de luz

Nossa, o tempo vai passando e a ficha vai caindo muito lentamente. Ontem - 16/8 - descobri qual o sexo do bebê: menina!
Sinceramente, eu não tinha preferência, então, foi um pouquinho mais a materialização de que logo terei um bebê em casa. Ah, foi um pouquinho mais do  que isso.
Graças a Deus minha gravidez está tão tranquila - tirando a azia, que até dá uma trégua - não sinto nada, tem dias que acordo e parece que estou sem barriga! É uma bênção! Devido a esta tranquilidade, estou levando a vida numa boa, então, é meio díficil perceber que algo diferente vai acontecer, ainda sinto a minha gravidez meio 'virtual'.
Saber ontem que era uma menina, me fez conectar-me com a essência deste momento, pensei: vou receber uma joia de luz!!! É só assim que penso desde que soube da gravidez!
Também pensei: seja bem-vinda, joia de luz, seja bem-vinda a este planetinha azul! E a cada vez que lembro disso, fico especialmente emocionada. A Sophia tem mudado muito a minha vida, antes mesmo de nascer. Está me ensinando a me alimentar direito, a buscar e encontrar meu ritmo, a querer e a ser uma joia de luz aqui e agora, entre tantas outras coisas.
Agora a vontade de encontrá-la só aumenta, e a ansiedade para saber se dará tempo de preparar tudo para a chegada dela, inclusive, se dará tempo d'eu me preparar para recebe-la. Acredito que dará tudo  certo, a joia de luz será recebida com muito amor, carinho e respeito.

10 agosto, 2011

Coisas que 'o bebê' adora fazer

Obra do Escher -Fonte: IG, Último Segundo



Ouvi uma frase que me deixou atordoada: "A mãe senti frio, manda o filho levar blusa", a respeito de como as mães às vezes se confundem com suas crias, tudo bem...

Depois disso fiquei percebendo as coisas que 'o bebê' adora fazer, hahaha. Começou com cinco minutos de dança, numa sexta-feira, eu estava ouvindo Umbelievable do E.M.F (quem lembrar que banda é essa, ganha balas Soft!!! - cruzes), não aguentei, caí  na dança, dá para ficar parado. Percebi que 'o bebê' adora dançar!

O bebê é super companheiro, vai a todo canto comigo, não reclama, curte tudo numa boa. Isso ficou muito claro no dia em que fui ver a exposição O Mundo Mágico de Escher, no CCBB SP (Centro Cultural Banco do Brasil, em SP) no penúltimo dia da exposição! As filas abraçavam o CCBB, mas o bebê curtiu, adorou, sem reclamar de nada.

Comer: 'o bebê' adora, em quantidades enormes... Mas, tenho que confessar, parece que a preferência dele já é o vegetarianismo, ele se sente mais feliz e satisfeito.  Eu também. 'O bebê' já adora muitas coisas!

Ah, isso tudo para lembrar que é um grande aprendizado, além de um grande exercício de percepção e respeito com você e com o outro. Vou exercitando, pois sempre senti muito medo de colocar a 'culpa' de qualquer coisa no meu filho, acho que não me perdoaria.

Então, desde que soube que estava grávida observo com muito mais atenção o que quero fazer, e faço mesmo, para nunca ter que dizer a bendita frase: 'deixei de fazer algo por sua culpa!!!', não posso nem imaginar.

Estou descobrindo na maternidade a minha individualidade e isto está sendo o máximo, diria libertador. Quem disse que a gente só ensina aos filhos? Acho que a gente aprende muito mais que eles!

Se você não conseguiu lembrar do EMF, segue o videozinho, ignore as imagens e tente não se jogar na música:


Como recepcionar uma grávida

Representação da alma - Fonte: http://www.bkwsu.org/brazil/interactive/gallery
  Nossa, desde que descobri que estou grávida uma certa dinâmica tem me chamado a atenção: você diz que está grávida, e pronto, lá vem uma avalanche de maledicência, parece um festival 'a pior gravidez do mundo'. E não é só das mulheres não, dos homens também.


Então, há meses escuto coisas terríveis: meu parto foi #$@&*¨$%#$; porque a gravidez é assim, o nascimento é assado, a convivência é frita; prepare-se para nunca mais dormir; vixxi, cruiz credo!!! A tia bombonzinha (depois explico isso) já havia me dito: quando começarem, saía de perto. Já combinei comigo que saírei mesmo.

Bem, mas o post é sobre como receber uma grávida, então, vamos lá:

Há duas semanas fui à Brahma Kumaris de Guarulhos, estava morrendo de saudades, fuji de tudo e fui até lá. Havia meses que eu não ia, estava mesmo com muita saudades. Cheguei e mostrei a barriga, então ouvi: "Cris, vou enviar muita luz a esta alminha que está chegando!". Mais do que as palavras, o sorriso e a sinceridade que as acompanhavam me emocionaram, verdadeiramente, senti na minha alma, e tenho certeza que o bebê também.

Recebi este presente da dadhi prakshamani da OBK Guarulhos, a Nazaré, e foi a segunda coisa mais linda que ouvi até aqui - a primeira foi uma frase do meu marido, conto em outro post. E como sempre aprendo com a Nazaré por meio da prática do haja yoga que ela vivencia, contínua e tão naturalmente, então, lembrei que todos somos joias de luz em aprendizado, e que cada flor tem seu tempo de florescer e perfumar (outra frase da Brahma), isto para dizer, ainda está em tempo: quando encontrar novamente uma grávida, lembre-se das bênçãos que o seu contato com a gravidez (seja você mãe ou pai) lhe proporcionou e encha estas duas pessoinhas (mãe e filho) de muita luz e bênçãos. Até porque podemos escolher sermos a sucursal do IVE (Imagens e Vozes de Esperança) ou do Datena (cruz credo!!!).


Mega slow blogging+novos marcadores

Olá!

Acho que levei a sério demais a proposta do blogue de ir blogando devagar no esquema slow, mas, confesso que estou gostando da frequência: uma vez por mês!!!


Estou gostando porque aconteceu, foi natural, não planejei. Além disso, sinto vontade de blogar, sinto saudades de registrar as coisas. Hoje também aconteceu algo muito legal: um amigo pediu: ah, escreve no blogue! Assim, se está bom para mim e para o leitor, beleza!!!

Agora é sério: a minha relação com o tempo - graças a Deus - está mudando completamente, mas isso é outro post. Daqui a pouquinho.

Ah, já ia esquecendo do resto do título: novos marcadores. Organizando a 'pauta' do blogue hoje surgiu mais um marcador: Dos Outros. Não resisto ao 'compartilhamento' de informações, então, quando eu tiver contato com algum texto legal vou postar neste marcador.

Outro marcador, este desde que comecei o blogue, foi resolvido hoje: de elucubrações para conjecturas! É não teve jeito o nome é feio mesmo, mas, a intençao é a mesma: registrar as coisas doidas que elucubrando, conjecturando...

Abraços até mais!

P.S.: acabou de surgir mais um: blogando!



08 julho, 2011

Blogoterapia

Acho que estou tendo meu primeiro surto na gravidez, dizem que são os hormônios, estas coisas. Acho que é encontro consigo, enfim, seja lá o que for, estou meio atacada. Em meio ao surto, vim pro micro, buscar referências respostas, etc.

Achei um blogue super legal Mulher e Mãe, com textos super honestos, descentes e realistas, adorei. Já até coloquei na lista de referências.

Vi em um dos comentários alguém dizer sobre blogoterapia, algo como se terapeutizar fazendo um blogue, não é que ajuda mesmo. Peguei para colocar o blogue em dia e estou me sentindo bem melhor. Recomendo você fazer um blogue e/ou visitar o Mulher e Mãe.

Canções de ninar

Como já contei antes, sou auditiva. Então, pensei que ao invés de ter um livro com contos de fada para contar histórias para o bebê dormir, gostaria muito de saber cantar para, a cada noite, adormecê-lo com canções de ninar. As mais doces, bonitas e inspiradoras canções.

Tenho pensado neste pequeno compêndio - hahaha - vou ouvindo as músicas e penso: 'Ah, esta serve pro livro de músicas'. Por exemplo, ouvi uma cantora cantando Fascinação, lógico que esta faria parte, mesmo que depois o bebê nunca mais a quisesse ouvir... paciência. Tem algumas músicas religiosas que também gosto muito, acho bem bacanas, enfim, vale a pesquisa. Ah, e nada de boi da cara preta, isso é música de assombrar!
 
Não sei mesmo cantar, mas não desisti de fazer uma seleção bem especial para tentar fazer o bebê dormir com a minha 'cantoria'! Isso descobrirei depois... Mas, a ideia inicial é escolher músicas que gosto, que tragam uma mensagem bonita, procurar as letras, os aúdios e fazer um livrinho com essa 'coleção' para ele, no lugar dos tais livros de contos de fada.
  Vamos ver, se até o fim da gestação eu concluir este projeto, publico aqui no blogue.

Trilha sonora especial

Sou um pouco auditiva, então, muito do que faço tem música envolvida. Com a gravidez não poderia ser diferente. Assim que soube que estava esperando um bebê algumas músicas começaram a compor uma nova trilha sonora para mim. Por isso, aqui no blogue tem um marcador "músicas", vou completando-o e assim terei organizada esta trilha tão especial. Então, se você gosta de música, olhe sempre neste marcador para saber desta seleção tão importante para mim, se quiser indique as músicas que fazem parte da sua trilha musical materna (ou paterna).

Duas músicas que já faziam parte da minha trilha pessoal, pois eu as adorava, tomaram um significado muito especial: Grávida, da Marina, que desde mocinha me encantava, pois me parecia algo bem próspero e fértil (desculpem o trocadilho barato e fácil) dar a luz a tantas coisas inusitadas! Segue o vídeo:


A outra música era Avô, do Djavan (que, infelizmente, não tem um vídeo legal no youtube, veja abaixo ou clique aqui e veja a letra no Vagalume,). Esta é uma música que me apaixonei assim que ouvi na discografia do Djavan, que como os que me conhecem sabem, eu adoro!!! É o diálogo do pai e da filha a respeito da passagem do tempo, das visões de um e do outro com relação a sua fase na vida, o que cada momento traz e representa para cada um dos dois. Estando grávida, ela se tornou mais especial, ainda mais quando vi meu pai super emocionado com a notícia de que seria avô pela primeira vez! Imediamente, eu ouvia o Djavan cantando, show de bola!!!

Avô Djavan
E se eu parar de tomar pra sempre sundae
e não amar lévi-strauss em seu enleio
se eu achar démodé, quem serei?
E se tiver tudo chato e o céu for feio
e eu decidir que chopin, não solfejarei
se eu fizer um ar blazè, quem serei?
Quando eu for saberei.

Como eu era um homem longe do que sou
preocupado em me mostrar capaz...
Nem que eu queira, hoje posso ser tal rapaz
não sou mais, não sou mais, não sou mais
não sou mais enfim
nem mesmo o que eu serei, sou
não sou mais, não sou mais.

E no balaio da construção de um homem
revejo os moldes e as massas que eu já usei
pois viver é reviver, hoje eu sei
quem eu for, já encontrei
e de quebra a experiência me ensinou:
é preciso juventude para que eu me torne avô
è preciso juventude
quem me dera tê-la intacta a cada era
como uma flor
que algum dia, alguém espera em outra porta
que o futuro preparou.
© 1994 Luanda Edições Musicais Ltda.


Gente, gente!!! Procurando de novo, hoje, agora, olha o que achei: um vídeo melhor no youtube, ouçam, esta música merece ser ouvida: 


Sem John Legend, nem chá de boldo, mas mãe

Ser mãe é nunca mais ser só ou independente, ou inconsequente, enfim, sempre pensaremos para além de nós. Descobri isso no último final de semana de maio, 28 e 29, lá pela 10a. semana de gestação.

Lá pela quinta-feira começou me atacar uma rinite daquelas, de me deixar de cama. Ok, não me preocupei, mas a rinite foi piorando. No sábado eu já estava de cama, perdi um compromisso à noite, não teve jeito.

O grande X da questão era que no domingo aconteceria o Urban Music Festival, do qual comprei os ingressos assim que foi lançado, só para ver o John Legend, a trilha sonora da produção do bebê! Lógico que perdi o show, com muita tranquilidade aliás.

Primeiro porque eu não podia tomar nenhum dos remédios para a rinite devido à gravidez, além disso, estava um frio terrível em SP, a tendência d'eu piorar era muito grande, e por fim, eu que não arriscaria mesmo ír a um pronto socorro qualquer para ser medicada errado ou qualquer outro risco ao bebê, lógico que não.

Neste dia ficou claro que a minha vida nunca mais seria a mesma. Pensei, prontamente: "Se fosse antes não, eu iria ao show, me arrebentaria com a rinite e depois daria um jeito...". Nossa, super auto-cuidado!!! Por esta experiência também percebi que ser mãe pode deixar a gente um pouquinho melhor, senão por nós mesmas, mas pelo filhote que esperamos, e isso é bem legal.


Outro momento "eu não mando mais em mim": esta semana tive uma má digestão bem chata, antes seria bem fácil resolver isto: chá de boldo. Em um minuto eu expulsaria meu mal-estar boca a fora, privada a dentro, mas não desta vez. Fiquei pensando que tipo de efeito um chá tão forte como o de boldo teria sobre o bebê, e lógico, nem passei perto do chá amargoso. Pra dá um alívio tomei chá de erva-doce, também ajudou.

Novas ideias, novo blogue: a gestação de uma mãe

Ai, seria tão bom se a vida fosse assim: mudou de ideia, muda a página, o post, enfim, reescreve tudo! De certo modo não deixa de ser, mas não é tão simples assim. Deixe eu me explicar.

Já estou grávida há quatro meses e meio. Como disse uma colega, eu estava em uma 'gravidez virtual', com o tempo passando estou cada vez tomando mais pé da realidade, e devo reconhecer isto está me dando pânico!!!

Desde a notícia inicial a sua vida se transforma completamente, nunca mais será a mesma, nem você será mais independente ou só, tudo girará em torno de um novo ser (depois posto alguns exemplos disso, ex: sem John Legend; sem dedo na garganta ou boldo, etc). Então, acho que também faz parte do pacote 'ser mãe' além dessa transformação toda, vira e mexe dar uma 'surtada básica', é, com você mesma.

Sinto que o bebê (ainda não sei o sexo) é um anjo, mas a paranoia é minha, comigo: darei conta? será que mereço? será que é assim mesmo? aff, é ou não é um surto?

Bem, o bom de surtar é des-surtar, então, já saindo do surto, hoje quis mudar o foco do blogue: o nascimento de uma mãe. Li isso em algum lugar - que não lembro agora - mas achei muito bonitinho e me caiu muito bem hoje: quando nasce um filho, nasce uma mãe, um pai. Daí, pensei: como estou gestando um filho, a mãe também está sendo gestada. É, pode parecer meio confuso - e não deixa mesmo de ser - mas, percebi que também estou sendo gestada, desenvolvida como mãe, que também estou em fase de desenvolvimento e descoberta, enfim.

Pensando e escrevendo isso agora percebi que sim, devo ter paciência e muito amor comigo, assim estarei exercitando para ter com o bebê. É, na natureza nada dá saltos, como me disse hoje uma grande fonte de inspiração:  a sua palava é aceitação. Então, vamos lá!

18 maio, 2011

Do pânico ao encantamento, somos todos joias de luz

Fonte: http://flores.culturamix.com/fotos/dente-de-leao
Tive a certeza de que estava grávida no dia sete de maio, fazendo o exame de ultrassonografia. Depois de fingir que não estava acontecendo nada, durante uma semana, não tive como negar que havia uma nova vida em mim, depois de vê-la e até ouvi-la: seus batimentos cardíacos já eram bem fortes, 176 bpm!

Bem, a semana antes disso foi de pânico, exames não confirmavam o imprevisto diante de mim. Ia do estado de pânico ao de encantamento. Comecei a pensar no milagre da vida, pois, tirando a nossa rápida participação neste evento, ele se dá de forma milagrosa, como tudo na natureza. Andava pelas ruas e via em cada pessoa que olhava um milagre de Deus andante. Fiquei me questionando: por que nos deixamos esquecer que todos somos milagres de Deus, da natureza?

Como sou da turma dos que sempre veem o copo meio cheio, deixei que o encantamento tomasse conta. Daí para a frente um milhão de descobertas, vamos conversando sobre elas depois.

Muitos pensamentos misturados me tomaram a mente. Músicas me acompanhavam. Para começar a clássica: Grávida, da Marina: "É que eu, tô grávida, esperando um avião...". Fiquei pensando que quantas vezes ficamos 'grávidos' de ideias, vontades, sonhos, projetos, até diz-se: projeto abortado!

Gravidez também parece semente, que parece com pensamento, que voa por aí e vai gerar um monte de coisas, umas boas, outras nem tanto; Vendo a imagem no aparelho de ultrassom, o médico dizia ele está com 14mm, pensei: não é nem um grãozinho de arroz! Depois vai ser um feijãozinho, um amendoinzinho, de novo as sementes; Mais uma série de pensamentos, outras tantas sementes...

Mas e a joia de luz? É o que todos somos. Em hindu traduz-se por Prakhshamani, a joia de luz. Também foi o nome de uma das líderes da Brahma Kumaris. Como não poderei dar este nome a minha filha ou filho, poderei usar seu significado, como significado especial e lembrança do que inspiramos ao simples anúncio da nossa existência como grãozinhos. Sim, todo pai e toda mãe tem suas sementes como joias de luz!

P.S.: mesmo passada a ultrassonografia e mais umas semanas, acho que só terei certeza da gravidez quando o bebê começar a mexer. Mas, a certeza sobre ele ser uma joia de luz, ah, esta é absoluta!

A primeira vez...

Não teve jeito, depois de tanta resistência eis que, uma série de novidades me tomam a vida de assalto, além da gravidez, enfim, um blogue!

Acho que a resistência aos dois assuntos era quase igual, mas a importância, talvez um pouco diferentes. E não é isto que movimenta a vida: as novidades?

Quanto a gravidez, rabiscarei por aqui minhas impressões, descobertas, curtições. Com relação ao blogue, acontecerá o mesmo, ficará tudo publicado por aqui também.

Já fiz grandes avanços, cheguei a conclusão que quero mais é experimentar, descobrir, como um bebê na sua descoberta do mundo, estou abrindo mão de cobranças, culpas e pesos. Ah, já estava na hora. Bem, é isso. Estou afim de aderir ao estilo slow, de viver, de blogar, de descobrir. E isso não tem nada a ver com parar, muito pelo contrário, tem a ver com estar no ritmo, e assim caminhar cada vez mais longe.

Sejam todos bem-vindos!