08 julho, 2011

Blogoterapia

Acho que estou tendo meu primeiro surto na gravidez, dizem que são os hormônios, estas coisas. Acho que é encontro consigo, enfim, seja lá o que for, estou meio atacada. Em meio ao surto, vim pro micro, buscar referências respostas, etc.

Achei um blogue super legal Mulher e Mãe, com textos super honestos, descentes e realistas, adorei. Já até coloquei na lista de referências.

Vi em um dos comentários alguém dizer sobre blogoterapia, algo como se terapeutizar fazendo um blogue, não é que ajuda mesmo. Peguei para colocar o blogue em dia e estou me sentindo bem melhor. Recomendo você fazer um blogue e/ou visitar o Mulher e Mãe.

Canções de ninar

Como já contei antes, sou auditiva. Então, pensei que ao invés de ter um livro com contos de fada para contar histórias para o bebê dormir, gostaria muito de saber cantar para, a cada noite, adormecê-lo com canções de ninar. As mais doces, bonitas e inspiradoras canções.

Tenho pensado neste pequeno compêndio - hahaha - vou ouvindo as músicas e penso: 'Ah, esta serve pro livro de músicas'. Por exemplo, ouvi uma cantora cantando Fascinação, lógico que esta faria parte, mesmo que depois o bebê nunca mais a quisesse ouvir... paciência. Tem algumas músicas religiosas que também gosto muito, acho bem bacanas, enfim, vale a pesquisa. Ah, e nada de boi da cara preta, isso é música de assombrar!
 
Não sei mesmo cantar, mas não desisti de fazer uma seleção bem especial para tentar fazer o bebê dormir com a minha 'cantoria'! Isso descobrirei depois... Mas, a ideia inicial é escolher músicas que gosto, que tragam uma mensagem bonita, procurar as letras, os aúdios e fazer um livrinho com essa 'coleção' para ele, no lugar dos tais livros de contos de fada.
  Vamos ver, se até o fim da gestação eu concluir este projeto, publico aqui no blogue.

Trilha sonora especial

Sou um pouco auditiva, então, muito do que faço tem música envolvida. Com a gravidez não poderia ser diferente. Assim que soube que estava esperando um bebê algumas músicas começaram a compor uma nova trilha sonora para mim. Por isso, aqui no blogue tem um marcador "músicas", vou completando-o e assim terei organizada esta trilha tão especial. Então, se você gosta de música, olhe sempre neste marcador para saber desta seleção tão importante para mim, se quiser indique as músicas que fazem parte da sua trilha musical materna (ou paterna).

Duas músicas que já faziam parte da minha trilha pessoal, pois eu as adorava, tomaram um significado muito especial: Grávida, da Marina, que desde mocinha me encantava, pois me parecia algo bem próspero e fértil (desculpem o trocadilho barato e fácil) dar a luz a tantas coisas inusitadas! Segue o vídeo:


A outra música era Avô, do Djavan (que, infelizmente, não tem um vídeo legal no youtube, veja abaixo ou clique aqui e veja a letra no Vagalume,). Esta é uma música que me apaixonei assim que ouvi na discografia do Djavan, que como os que me conhecem sabem, eu adoro!!! É o diálogo do pai e da filha a respeito da passagem do tempo, das visões de um e do outro com relação a sua fase na vida, o que cada momento traz e representa para cada um dos dois. Estando grávida, ela se tornou mais especial, ainda mais quando vi meu pai super emocionado com a notícia de que seria avô pela primeira vez! Imediamente, eu ouvia o Djavan cantando, show de bola!!!

Avô Djavan
E se eu parar de tomar pra sempre sundae
e não amar lévi-strauss em seu enleio
se eu achar démodé, quem serei?
E se tiver tudo chato e o céu for feio
e eu decidir que chopin, não solfejarei
se eu fizer um ar blazè, quem serei?
Quando eu for saberei.

Como eu era um homem longe do que sou
preocupado em me mostrar capaz...
Nem que eu queira, hoje posso ser tal rapaz
não sou mais, não sou mais, não sou mais
não sou mais enfim
nem mesmo o que eu serei, sou
não sou mais, não sou mais.

E no balaio da construção de um homem
revejo os moldes e as massas que eu já usei
pois viver é reviver, hoje eu sei
quem eu for, já encontrei
e de quebra a experiência me ensinou:
é preciso juventude para que eu me torne avô
è preciso juventude
quem me dera tê-la intacta a cada era
como uma flor
que algum dia, alguém espera em outra porta
que o futuro preparou.
© 1994 Luanda Edições Musicais Ltda.


Gente, gente!!! Procurando de novo, hoje, agora, olha o que achei: um vídeo melhor no youtube, ouçam, esta música merece ser ouvida: 


Sem John Legend, nem chá de boldo, mas mãe

Ser mãe é nunca mais ser só ou independente, ou inconsequente, enfim, sempre pensaremos para além de nós. Descobri isso no último final de semana de maio, 28 e 29, lá pela 10a. semana de gestação.

Lá pela quinta-feira começou me atacar uma rinite daquelas, de me deixar de cama. Ok, não me preocupei, mas a rinite foi piorando. No sábado eu já estava de cama, perdi um compromisso à noite, não teve jeito.

O grande X da questão era que no domingo aconteceria o Urban Music Festival, do qual comprei os ingressos assim que foi lançado, só para ver o John Legend, a trilha sonora da produção do bebê! Lógico que perdi o show, com muita tranquilidade aliás.

Primeiro porque eu não podia tomar nenhum dos remédios para a rinite devido à gravidez, além disso, estava um frio terrível em SP, a tendência d'eu piorar era muito grande, e por fim, eu que não arriscaria mesmo ír a um pronto socorro qualquer para ser medicada errado ou qualquer outro risco ao bebê, lógico que não.

Neste dia ficou claro que a minha vida nunca mais seria a mesma. Pensei, prontamente: "Se fosse antes não, eu iria ao show, me arrebentaria com a rinite e depois daria um jeito...". Nossa, super auto-cuidado!!! Por esta experiência também percebi que ser mãe pode deixar a gente um pouquinho melhor, senão por nós mesmas, mas pelo filhote que esperamos, e isso é bem legal.


Outro momento "eu não mando mais em mim": esta semana tive uma má digestão bem chata, antes seria bem fácil resolver isto: chá de boldo. Em um minuto eu expulsaria meu mal-estar boca a fora, privada a dentro, mas não desta vez. Fiquei pensando que tipo de efeito um chá tão forte como o de boldo teria sobre o bebê, e lógico, nem passei perto do chá amargoso. Pra dá um alívio tomei chá de erva-doce, também ajudou.

Novas ideias, novo blogue: a gestação de uma mãe

Ai, seria tão bom se a vida fosse assim: mudou de ideia, muda a página, o post, enfim, reescreve tudo! De certo modo não deixa de ser, mas não é tão simples assim. Deixe eu me explicar.

Já estou grávida há quatro meses e meio. Como disse uma colega, eu estava em uma 'gravidez virtual', com o tempo passando estou cada vez tomando mais pé da realidade, e devo reconhecer isto está me dando pânico!!!

Desde a notícia inicial a sua vida se transforma completamente, nunca mais será a mesma, nem você será mais independente ou só, tudo girará em torno de um novo ser (depois posto alguns exemplos disso, ex: sem John Legend; sem dedo na garganta ou boldo, etc). Então, acho que também faz parte do pacote 'ser mãe' além dessa transformação toda, vira e mexe dar uma 'surtada básica', é, com você mesma.

Sinto que o bebê (ainda não sei o sexo) é um anjo, mas a paranoia é minha, comigo: darei conta? será que mereço? será que é assim mesmo? aff, é ou não é um surto?

Bem, o bom de surtar é des-surtar, então, já saindo do surto, hoje quis mudar o foco do blogue: o nascimento de uma mãe. Li isso em algum lugar - que não lembro agora - mas achei muito bonitinho e me caiu muito bem hoje: quando nasce um filho, nasce uma mãe, um pai. Daí, pensei: como estou gestando um filho, a mãe também está sendo gestada. É, pode parecer meio confuso - e não deixa mesmo de ser - mas, percebi que também estou sendo gestada, desenvolvida como mãe, que também estou em fase de desenvolvimento e descoberta, enfim.

Pensando e escrevendo isso agora percebi que sim, devo ter paciência e muito amor comigo, assim estarei exercitando para ter com o bebê. É, na natureza nada dá saltos, como me disse hoje uma grande fonte de inspiração:  a sua palava é aceitação. Então, vamos lá!